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Quais são as premissas básicas para garantir compras eficientes?

As compras eficientes são um pilar essencial para a sustentabilidade e o sucesso das organizações sociais, especialmente na área da saúde, onde a qualidade e a disponibilidade de materiais impactam diretamente no atendimento à população. 

Para atingir esse objetivo, é imprescindível adotar um conjunto de práticas que envolvem planejamento estratégico, parcerias com fornecedores, processos otimizados e cumprimento de normas. 

Neste artigo, exploramos as principais premissas para garantir uma gestão de compras eficiente, assegurando a continuidade dos serviços e o cumprimento da missão social das instituições.

1. Planejamento Estratégico e Análise de Dados

É crucial analisar dados históricos de consumo, sazonalidade e tendências para prever a demanda futura de materiais e medicamentos, evitando compras emergenciais e desperdícios. 

Por exemplo, em uma instituição hospitalar, a análise de dados de consumo permitiu identificar períodos de maior uso de determinados medicamentos sazonais, como antigripais, ajustando os pedidos antecipadamente e reduzindo em 20% o desperdício por vencimento de produtos. 

Essa análise de dados deve levar em consideração fatores externos, como índices de epidemias e informações de fornecedores e distribuidores sobre a disponibilidade de itens. 

Ferramentas de Business Intelligence e sistemas de gestão, auxiliam nesse processo, mas a interpretação dos dados e a tomada de decisão estratégica cabem aos gestores. 

O planejamento de compras deve ser integrado ao plano orçamentário da organização, garantindo a disponibilidade de recursos para adquirir os itens necessários.

2. Gestão de Fornecedores como Parcerias

A seleção de fornecedores deve ser baseada em critérios rigorosos de qualidade, capacidade de entrega, preços competitivos e conformidade com as normas.

É fundamental estabelecer parcerias sólidas com fornecedores, com base na confiança e na comunicação transparente, buscando soluções conjuntas para os desafios do mercado. 

Acordos comerciais e contratos bem estruturados garantem preços e prazos de entrega favoráveis, além de preverem mecanismos para lidar com eventuais problemas, como a falta de produtos no mercado. 

Esses mecanismos podem incluir cláusulas de reposição rápida, acordos de estoque de segurança compartilhado entre fornecedor e comprador, e penalidades específicas para atrasos prolongados. 

Além disso, é possível prever flexibilidades para ajustar prazos em situações de crise de fornecimento, garantindo que a organização tenha alternativas planejadas.

A troca de informações com fornecedores sobre a disponibilidade de itens e as tendências do mercado é essencial para prevenir problemas e garantir o abastecimento.

3. Processos Eficientes e Padronização

A implementação de processos de compras bem definidos, com etapas claras e responsabilidades atribuídas, garante a eficiência e a transparência das operações. 

Sistemas de gestão integrados, agilizam o fluxo de trabalho, automatizam tarefas e reduzem a probabilidade de erros, além de facilitar a rastreabilidade das transações.

A padronização de materiais e medicamentos, sempre que possível, reduz a variedade de itens em estoque, otimiza a gestão e facilita a negociação com fornecedores. 

A utilização de ferramentas de controle, como a curva ABC de consumo e a curva XYZ de criticidade, auxilia na definição de políticas de estoque e na priorização de compras.

A curva ABC classifica os itens de acordo com sua importância financeira, enquanto a curva XYZ avalia a criticidade e a variabilidade no consumo, permitindo que gestores definam estratégias de estoque mais eficazes.

4. Compliance e Boas Práticas

As organizações sociais devem garantir que todos os processos de compras estejam em conformidade com as leis e regulamentações, especialmente as normas do TCU e dos TCEs, para evitar glosas, apontamentos e sanções. 

Por exemplo, o cumprimento rigoroso dessas normas pode agilizar o recebimento de verbas públicas, além de evitar penalidades que comprometam o orçamento da instituição, permitindo uma melhor gestão dos recursos disponíveis. 

A implementação de boas práticas de governança, como a segregação de funções, o controle de aprovações e a auditoria interna, fortalece os controles internos e previne fraudes e desvios. 

A transparência em todas as etapas do processo de compras, desde a seleção de fornecedores até a prestação de contas, é fundamental para manter a credibilidade da organização perante a sociedade e os órgãos de controle.

Ferramentas como portais de transparência, relatórios detalhados de compras acessíveis ao público e auditorias regulares podem promover essa clareza e aumentar a confiança nos processos organizacionais.

Conclusão

Em síntese, compras eficientes nas organizações sociais da saúde dependem da combinação de planejamento estratégico, gestão de fornecedores como parcerias, processos otimizados com o uso da tecnologia e o cumprimento rigoroso das normas e boas práticas. Assegurar o abastecimento com qualidade, dentro dos limites orçamentários, é fundamental para a missão social e a sustentabilidade dessas instituições.


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